Ministro do tribunal confirma para terça, dia 20, sessão
para analisar pedido da defesa do senador afastado do Senado.
Fonte: Breno Pires e Isadora Peron, O Estado de S.Paulo
13 Junho 2017
Aécio Neves tenta anular afastamento de cargo
de senador Foto: Dida Sampaio/Estadão
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De um lado, Aécio pede a revogação de seu afastamento do
Senado. Do outro lado, a PGR pede que o tucano seja preso preventivamente, sob
a suspeita de ter acertado e recebido, por meio de assessores, "vantagem
indevida" no valor de R$ 2 milhões da JBS.
“Eu vou trazer a julgamento o agravo da Procuradoria e o
agravo dele. Aí você tem extremos. A Procuradoria, pedindo a prisão, e ele,
querendo voltar à cadeira”, disse o ministro Marco Aurélio.
A defesa de Aécio também afirma que o afastamento
"somente é cabível diante de circunstâncias excepcionalíssimas, que
revelem o abuso dos poderes inerentes ao mandato, de modo a impedir o regular
processamento de infrações penais".
Para a PGR, no entanto, mais do que afastado,
Aécio deveria ser preso. Segundo o procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, "o senador teria tentado organizar uma forma de impedir que as
investigações avançassem, por meio da escolha dos delegados que conduziriam os
inquéritos, direcionando as distribuições, mas isso não teria sido finalizado
entre ele, o Michel Temer e o ministro da Justiça e atual ministro do Supremo
Tribunal Federal, Alexandre de Moraes".
Janot afirmou que, devido à alta gravidade do delito e o
risco de reiteração, a prisão preventiva é "imprescindível para a garantia
da ordem pública". Segundo ele, "são muitos os precedentes do Supremo
Tribunal Federal que chancelam o uso excepcional da prisão preventiva para
impedir que o investigado, acusado ou sentenciado torne a praticar certos
delitos enquanto responde a inquérito ou processo criminal, desde que haja
prova concreta do risco correspondente".
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