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Tenho acompanhado
as discussões sobre as ações do nosso Sindicato com bastante pesar. E encaro
esses argumentos como necessário ao nosso crescimento como sócio, algo muito
saudável neste momento - ESTAMOS VIVOS.
Após ouvir as
ponderações e justificativas dos dois diretores do SINSPUMUC, precisamos,
compreender uma coisa: Há seis anos com o nascimento do nosso jovem Sinspumuc,
tivemos e avançamos em muitas conquistas, sem falar na valorização do nosso salário,
da nossa GAM (Gratificação por Atividade no Magistério), avanços nas negociações, as regulamentações das aposentadorias
etc. Não podemos deixar de ressaltar. A questão agora que desenfreou esse
desentendimento entre sócios e a Entidade, é o atraso salarial que é o mais
grave. A falta de salário do servidor desestrutura, não só o funcionário, que
fica impossibilitado de honrar seus compromissos e de alimentar sua família,
como desestrutura também o governo que mesmo trabalhando, diante dessa
situação, parece não ter feito nada.
Sempre digo, ser
sindicalista, é ser liderança. Quem dá o tom da luta é a direção que lidera.
Imaginem o maestro,
esperando dos músicos que orientem a orquestra, ou ainda dos alunos, que
preparem o plano de aula do professor. Pois é, estamos vivendo isso. Uma coisa
está clara, não se trata apenas de bater palmas para as conquistas de outrora,
mas de uma mudança de concepção que visa desencadear uma luta constante e
continua, que pode até fracassar, mas que fracassemos lutando de fato e não de mentirinha;
defender como antes, nas gestões passadas, quando junto a íamos a Rua mobilizar
companheiros, país e sociedade civil para nossas reivindicações e q sempre teve
como base, a REMUNERAÇÃO de professores, além das outras pautas como: melhores
condições de trabalhos, merenda escolar, perdas salariais etc, sempre foram
motivos que nos levaram pra rua.
Dizer que atraso salarial,
não é mais responsabilidade de cobrança do SINDICATO, nos entristece e chega a doer.
Lamentavelmente chegamos a esta situação com a conivência do Sindicato.
A diretoria, forma
um sindicato que todo governo sonha e quer por perto; uma diretoria que cumpre
bem esse papel de bonzinho, que contraria as classes levando-os à derrotas e
humilhação em defesa do governo.
Não queremos greve
nem brigas com a Gestão, só queremos ser respeitados por ambos. Sentimos falta
do sindicato de outrora, aquele que tem uma trajetória longa de lutas, reivindicações,
discussões, perdas e também Vitórias, que hoje são ignoradas pela defesa de
outros interesses. Defenda a Gestão, mas defenda com proposições que mostre o
seu bom empenho e compromisso em defender também as nossas categorias.
Temos que respeitar
os colegas com suas opiniões, inclusive da Diretoria, mas não concordamos com
algumas ações, encaminhamentos, postura e procedimentos que se confundem com
ações políticas partidárias.. Reconhecemos os avanços, o que não nos impede de
criticar para avançar mais ainda.
As informações
dadas no veículo de comunicação deveriam ser dadas em Assembleia aos mais
interessados: os sócios. Assim como as prestações de contas dos seis anos de
gestão, pois muitas das informações, ali registradas, os sócios não são
sabedores.
Esperávamos que a Diretoria
se manifestasse a nosso favor, a favor de nossa luta, que voltasse a ser um
sindicato de luta como antes. Luta meus Caros, se faz com projetos, com ações,
prestações de contas e não com meras palavras e intenções.
Um abraço,
Professora Adélia
Oliveira.
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